terça-feira, novembro 04, 2008

A ficar velhos...definitivamente!!!



Contexto:

Tiago a conduzir, eu a sintonizar o rádio e....Choupina na mala!

Assunto:

Ser imortal (mas que raio de conversa para se ter)...conversa puxa conversa e lembramo-nos do Highlander:

"In the end...there can be only one"

Aqui fica a intro da série...quando o soundtrack ainda era dos Queen!!:)

5 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me que foi suprimida uma parte fundamental da conversa. ;P A imortalidade é, antes de mais, uma coisa de arquitectos (lol), ou antes, da arquitectura. Pelo menos é a isso que ela aspeira, mesmo que, às vezes, veja frustrados os seus intentos. Talvez seja a aspiração a mais imortal de todas as necessidades humanas, traduzida pelo desejo de perpetuar, muito além do seu tempo, algo que, momentaneamente, nos parece mais importante que a vida em si. Em todo o caso, é, precisamente, essa existência finita que nos permite apreciar, com gradiosa emoção, a beleza das coisas simples. De inumeros detalhes são feitos todos os (I)MORTAIS...

"Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for para onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes
(...)
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer..." (IMORTAIS, Mafalda Veiga)

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Ora, parece-me que a temática da imortalidade é a temática do fim, eminente ou não. Tudo tem um fim, ou pelo menos é o que se diz. Acontece que, por vezes, o fim não é, exclusivamente, um limite, um término na verdadeira acepção da palavra. Antes disso, é uma meta, um objectivo, um "destino". Esse destino pode ser entendido como um "fado", contudo é impossivel não ser dominado pela sensação de alguma inevitabilidade, como acontece na série em questão - Highlander. Mais do que trocadilhos semânticos, convenhamos que é importante saber ler nas entrelinhas, sejam estas de qualquer discurso "em série", ou da própria vida. There can be only one? I highly doubt it...
A Mafalda, citada no primeiro comentário, diz que o que importa é o caminho, entre achados e perdidos. Sim ou não? Ambos os lados são tentadores e, igualmente, pertinentes:
- Sim, porque o caminho, ou antes, a "promenade" é largamente responsável por aquilo que aprendemos e pelo que nos vai definir no "fim".
- Não, porque aceitar a determinância exclusiva do caminho é um modo demasiado facil de validar as injustiças cometidas como percalços de caminho, erros ou perdas aceitaveis no cômputo geral.
Em essência, é disso que fala "O Imortal", de como o fim justifica os meios. No entanto, como as experiências passadas nos deveriam ter provado, há meios inaceitáveis. Daí a noção de maquiavelismo, da construção de uma, suposta, superioridade individual à custa de outros. São os direitos do comum indivíduo versus os da Entidade escolhida, geralmente assim designada metafisicamente.
A imortalidade, tirando os aspectos terrivelmente fixes, é uma metáfora para a inesgotável ambição do espírito humano, que, sobre tudo e todos, procura dominar porque tem medo da ausência de controlo, tem medo de perder.
"Tears stream down your face when you lose something you can't replace..." (Fix You, Coldplay) Apesar de aparentar ser a solução para um problema que nós mesmos inventamos (o tempo), a imortalidade, como tudo, tem uma contrapartida altamente irónica, pois não saber perder equivale a perder tudo. Uma existência solitária, na qual a nossa singularidade é contraditória com a natureza comum daqueles que não queremos perder. Então, como conciliar a aprendizagem da promenade vivencial com as incoerências da mortalidade? ...Se eu soubesse era sinal que sabia demais ;P Isso, ou que estava finalmente a utilizar todo o potencial que nos é inato. Em todo o caso, o que eu sei é que é preciso algum desprendimento, mas não ausente de emoção, e alguma abertura, mas não vazia de certezas. O verdadeiro problema surge quando aquilo que aprendemos contraria tudo aquilo em que acreditamos, dado que negar conhecimento evidente é inademissivel e validá-lo é retirar o signicado fundamental à nossa existência. Afinal, quem consegue viver sem significado, mesmo que temporariamente? O segredo é não pensar demasiado and just enjoy the ride, porque, na realidade, o pensamento tem vida própria e, quase sempre, contraria a nossa alma! (Lau-Tsé)
Who wants to live forever? Not me...

Errata - onde se lê aspeira, no comentário anterior, deverá ler-se aspira :)

Anónimo disse...

dasss.... voces tinham razao so consegui ler o 1º comentario e metade do 2º.... k grande comentario lol
There can be only one... HA!HA!HA!

Mafalda disse...

confesso q so li o do tiago!:P