segunda-feira, abril 09, 2007

Continuo com os olhos naquele dia que te vi, que te vi verdadeiramente. Não aquele menino frágil que parece que não sabe o que diz, mas aquele jovem que tenta ser homem, gente crescida. Aquele que me levou ao colo quando precisei mesmo não sabendo porque o fazia.
Sim, há coisas que não são para serem explicadas.
E ainda hoje não consegues compreender o que continua a prender-te, o que continua a prender-me. Basta um olhar e o arrepio mantém-se.
A certeza da incerteza tem sabor a doce, a amargo, a uma mistura explosiva que ainda nos impele a continuar a lutar. Aquele beijo na testa liberta verdades e deixa segredos no ar, segredos que nunca serão desvendados. E até lá, mantemos o mesmo discurso enfadonho, repetitivo! Talvez tenha de ser assim, talvez não! Mas acho que nunca iremos saber, pois não?

(afinal a vida também faz pouco de nós....)

terça-feira, abril 03, 2007

Eu não sei o que me aconteceu...

Vejo as fotos de tempos idos, o sorriso, a postura mudada! É difícil compreender o que aconteceu no embrenhado de acontecimentos em catadupa, na esperança de um dia voltar àqueles dias onde nada afectava!
Ouço a música de tempos idos, e já não estremece o coração, já não é cantarolada aquela melodia quotidiana.
Sinto o vazio cada vez maior, um espaço muito grande preenchido pela meia dúzia que conseguiram vaga.
Cheiro ao tabaco que vai corroendo o meu ser, infiltrando-se cada vez mais...
Revejo-me em relatórios e livros, artigos e pacientes...revejo-me na esperança daquele dia, do dia ansiado...
Qual dia mesmo?
A viagem tem sido preenchida, mas de quando em quando foge da mão e percorre linhas tortas...há demasiado tempo...